Animais racionais… sei!

julho 15, 2010 às 4:56 pm | Publicado em Cultura inútil, Curtas, Desabafo | 3 Comentários

Burro

Já percebeu como o ser humano às vezes demonstra sua jumentice sem nem perceber?
Explico: ao disputar um típico “par ou ímpar?”, sempre ocorre a seguinte cena:

Pessoa 1: Par ou ímpar?
Pessoa 2: Par!
Nesse instante, a segunda pessoa fica quieta, na expectativa da escolha da primeira. Então fica aquele silêncio constrangedor, como se a primeira estivesse pensando no que escolher. COMO SE HOUVESSE OUTRA OPÇÃO!!!!

Pessoa 1: Par ou ímpar?
Pessoa 2: Dízima!

Faça-me o favor!

X-Foot

agosto 23, 2009 às 9:54 pm | Publicado em Cultura inútil, Curtas, Desabafo | 1 Comentário

Meu pé tá tipo queijo: quando passo aqueles ralinhos de pé, sai queijo ralado; quando tiro o tênis, a aparência é de queijo branco e o cheiro, de gorgonzola apodrecido…

Alguém aí conhece um podólogo?

Merdança

julho 19, 2009 às 10:53 pm | Publicado em Uncategorized | 2 Comentários

Com certeza, um dos momentos mais desagradáveis, angustiantes e desesperadores é quando vamos dar um caguinho e não tem papel higiênico. Momento pelo qual todos já passaram ou ainda passarão.

A vontade de eliminar aquele corpo estranho de nosso corpo é tamanha, que nem nos apegamos a um simples detalhe: a ausência do PH.

Tudo começa com os malditos movimentos peristálticos incessantes e doloridos. Depois, o suor começa a escoar por cada poro de seu corpo. Quando o toba começa a fazer bico, ainda é possível adiar o processo. No entanto, quando dá o arrepio… o negócio é correr pro abraço!

Quando termina o procedimento, chega o desespero: ACABOU O PAPEL!

A opção é gritar ALFREEEEEDOOOOO! e esperar uma alma caridosa e piadinhas sem graça, juntamente com o PH ou então, no caso de estar sozinho em casa, ter de levantar com a calça arriada, tropeçar em tudo que está no caminho ou mesmo nas prórprias calças, a procura do salvador da pátria. Dependendo do estado físico do “serviço”, é preciso esperar a secagem do dito-cujo para não deixar um rastro fecal pelo caminho.

Após a conquista do limpador, é chegada a hora de usá-lo: faz-se um belo bolo de papel para assear o liberador de bagres-cegos; passa-se uma, duas, três, quatro, cinco… infinitas vezes e chega-se a conclusão de que a “mordida” foi antecipada. Ainda resta um pedacinho do torpedo ali, estrategicamente entalado, fazendo gastar mais de meio rolo de 60m, folha dupla. Depois de quatro rolos de papel higiênico, muito ardume na região anal e uma resvalada na mão, a melhor solução é tomar um banho bem caprichado e logo após, lançar uma boa dose de Bom Ar no ambiente para sentir o delicioso aroma de flores campestres, disfarçando o futum.

P.S.: este post não condiz com a realidade. Tudo que foi escrito aqui é mero fruto da imaginação da dona do blog.

De novo, nããããooo!!

junho 13, 2009 às 11:11 pm | Publicado em Desabafo | 4 Comentários

É… Mais um dia dos namorados, encalhada. Que nem no ano passado!

Fico me perguntando o que fiz pra merecer isso. Não afoguei Santo Antônio de ponta cabeça num copo d’água, nem fiz nenhuma simpatia pra arrumar um parzinho, muito menos saí atirando pra todos os lados. Será que é preciso escrever o nome do meu pretendente em uma calcinha vermelha e enterrar debaixo de uma roseira, na meia-noite do dia 12 de junho? (Inventei uma mandinguinha! Vai que dá certo, né?)

Esperei até meia-noite do dia 12 de junho pra postar esse post (*pleonasmo?*), só pra ter certeza que iria passar a data em branco… e passei.

É difícil aceitar essa realidade encalhadística (inventei palavra). Mas se esse é meu destino… PRECISO FAZER DE TUDO PRA MUDÁ-LO!!!!

Até ano que vem!

Crônica VII: Tá na moda

maio 24, 2009 às 9:21 pm | Publicado em Crônicas | Deixe um comentário

Duas amigas conversando…

G: Ai, amiga… Tô tão mal!

F: Por que, amiga?

G: O Pedro me traiu!

F: Mentira! E você sabe pelo menos o nome da vagabunda?

G: Sei… ROGÉRIO!

F: …

Te amo, minha avó

abril 2, 2009 às 8:37 pm | Publicado em Desabafo | 4 Comentários

O sofrimento começou em outubro do ano passado. A descoberta do câncer foi como um soco em nossos corações. O costume de evitar falar o nome da doença tornou-se uma forma, inútil, de amenizar a dor e o tamanho do problema. O tumor apareceu no útero, mas espalhou-se para a vagina, pelve, bexiga e o pulmão. Para não nos preocupar, não reclamava em instante algum.

Fiquei como acompanhante durante três meses. Os primeiros dias pareciam infinitos. Com o passar do tempo fui me acostumando. O hospital tornou-se minha casa. Lá eu passava o dia, a noite, estudava, comia, dormia, conversava com as pessoas maravilhosas com as quais fiz amizade e acompanhei o sofrimento de vários pacientes e acompanhantes.

Banhos, sempre no leito, assim como as trocas de fralda. Isso, para ela, que era uma mulher ativa, independente e que sempre segredou que seu maior medo era parar em cima de uma cama e depender dos outros, era extremamente difícil de aceitar.

No começo, ainda conseguia comer sozinha. Porém, suas forças foram sendo consumidas e já não aguentava mais nem erguer a colher até à boca. Então, como quando eu era criança, dava comida em sua boca e líquidos com canudinho. A fraqueza ia chegando e a dificuldade de engolir também. Pedi para virem sopas bem líquidas. A força para chupar o canudinho também acabou: comecei a dar tudo que vinha em pequenos goles. Depois, parti para pequenas doses de líquidos com a ajuda de seringas. No final, a sonda pôs fim aos meus cuidados mais próximos. Sua voz, gradativamente ia sumindo. E a esperança ia embora com a mesma rapidez com que vinha.

No dia 15 de fevereiro, um dia após meu aniversário, minha amada e inseparável avó faleceu enquanto meu tio a acompanhava. O sofrimento acabou em meio a uma sensação de alívio. Agora somos apenas minha mãe – uma mulher incrível – e eu.

Ficam as boas recordações, os ensinamentos e a esperança de que um dia me torne uma mulher forte, de caráter, simpatia, carisma e humildade incomparáveis, da mesma forma como minha querida avó.

Em 31 de março ela completaria 69 anos, dedicados exclusivamente à família e aos amigos.

Descanse em paz, vozinha. Você é muito especial para mim e eu te amo demais.

Marcas

janeiro 3, 2009 às 12:00 pm | Publicado em Desabafo, Poesia | 3 Comentários

Mudou a estação

tudo mudou

mas ainda não se sabe ao certo

não se tem uma previsão

se está longe ou perto

de sair dessa prisão

com cheiro de álcool

cor pálida

debaixo do lençol

toda sensação é cálida

só resta esperar o sangue e o soro

que descem lentamente

ao encontro da veia sensível

que já não agüenta mais sentir

a agulha insensível

que fura e deixa marca 

Umaenfermeirapassouporaqui

 

 

Telestúpido

outubro 1, 2008 às 1:38 pm | Publicado em Curtas | 4 Comentários

– Alô?

– Alô? Eu poderia falar com o Felipe?

– Quem está falando?

– A BOCA! Já ouviu cotovelo falar, joelho falar?

– Estúpido!

O arco-da-velha

setembro 28, 2008 às 9:47 pm | Publicado em Poesia | 1 Comentário

Hoje formou-se um arco-íris!

Quando o vi, já estava sumindo.

Mas lá estava ele, frente a um céu nublado,

em destaque, para alegrar meu dia.

Parem os lotações, parem os ônibus,

parem os carros, parem as motos,

parem as máquinas e os motores!

Parem tudo e vejam o arco-íris!

Desliguem seus MP3’s, seus Ipod’s!

Contemplem suas cores alegres

e esqueçam seu dia cansativo.

Um arco-íris se formou.

Venceu o marasmo, o cinza e a cinza.

E me fez esquecer, por alguns instantes,

minhas maiores preocupações.

 

Um dos livros exigidos na Fuvest é “A Rosa do Povo”, de Carlos Drummond de Andrade. Esta foi uma homenagem à “A flor e a náusea”. Desse livro, recomendo os poemas “Caso do vestido”, “Morte no avião”, “Morte do leiteiro (meu favorito), “Consolo na praia”, “Noite na repartição” e “O mito”.

Diário de uma perereca depilada

setembro 25, 2008 às 7:49 pm | Publicado em Pérolas de mamãe | 7 Comentários

Recebi de minha mãe um e-mail com esse texto. Fiquei com cãibra no rosto de tanto rir. O texto é comprido, mas quando se começa a ler, não dá vontade de parar! Vale a pena. Com certeza, vocês darão muitas gargalhadas! Segue…

“Tenta sim. Vai ficar lindo.”Foi assim que decidi, por livre e espontânea pressão de amigas, me render
à depilação na virilha.
Falaram que eu ia me sentir dez quilos mais leve.
Mas acho que pentelho não pesa tanto assim.
Disseram que meu namorado ia amar, que eu nunca mais ia querer outra
coisa.
Eu imaginava que ia doer, porque elas ao menos me avisaram que isso
aconteceria.
Mas não esperava que por trás disso, e bota por trás nisso, havia toda uma
indústria pornô-ginecológica-estética.

Oi, queria marcar depilação com a Penélope.
– Vai depilar o quê?
– Virilha.
– Normal ou cavada?
Parei aí. Eu lá sabia o que seria uma virilha cavada. Mas já que era pra
fazer, quis fazer direito.
– Cavada mesmo.
– Amanhã, às… Deixa eu ver…13h?
– Ok. Marcado.
Chegou o dia em que perderia dez quilos. Almocei coisas leves, porque
sabia lá o que me esperava, coloquei roupas bonitas, assim, pra ficar
chique. Escolhi uma calcinha  apresentável. E lá fui.
Assim que cheguei, Penélope estava esperando.
Moça alta, mulata, bonitona. Oba, vou ficar que nem ela, legal.
Pediu que eu a seguisse até o local onde o ritual seria realizado.
Saímos da sala de espera e logo entrei num longo corredor.
De um lado a parede e do outro, várias cortinas brancas.
Por trás delas ouvia gemidos, gritos, conversas.
Uma mistura de Calígula com O Albergue. – Já senti um frio na barriga ali
mesmo, sem desabotoar nem um botão. Eis que chegamos ao nosso cantinho:
uma maca, cercada de cortinas.
– Querida, pode deitar.
Tirei a calça e, timidamente, fiquei lá estirada de calcinha na maca.
Mas a Penélope mal olhou pra mim.
Virou de costas e ficou de frente pra uma mesinha.
Ali estavam os aparelhos de tortura.
Vi coisas estranhas.
Uma panela, uma máquina de cortar cabelo, uma pinça.
Meu Deus, era O Albergue mesmo.
De repente ela vem com um barbante na mão.
Fingi que era natural e sabia o que ela faria com aquilo,
mas fiquei surpresa quando ela passou a cordinha pelas laterais da
calcinha e a amarrou bem forte.
– Quer bem cavada?
– É… é, isso.
Penélope então deixou a calcinha tampando apenas uma fina faixa da
Abigail, nome carinhoso de meu órgão, esqueci de apresentar antes.
– Os pêlos estão altos demais. Vou cortar um pouco senão vai doer mais
ainda.
– Ah, sim, claro.
Claro nada, não entendia por.ra nenhuma do que ela fazia. Mas confiei.
De repente, ela volta da mesinha de tortura com uma espátula melada de um
líquido viscoso e quente (via pela fumaça).
– Pode abrir as pernas.
– Assim?
– Não, querida. Que nem borboleta, sabe? Dobra os joelhos e depois joga
cada perna pra um lado.
– Ar.reg.anha.da, né?
Ela riu. Que situação.
E então, Pê passou a primeira camada de cera quente em minha virilha
Virgem.
Gostoso, quentinho, agradável. Até a hora de puxar.
Foi rápido e fatal.
Achei que toda a pele de meu corpo tivesse saído, que apenas minha ossada
havia sobrado na maca.
Não tive coragem de olhar.
Achei que havia sangue jorrando até o teto.
Até procurei minha bolsa com os olhos, já cogitando a possibilidade de
ligar para o Samu.
Tudo isso buscando me concentrar em minha expressão, para fingir que era
tudo supernatural.Penélope perguntou se estava tudo bem quando me notou roxa.
Eu havia esquecido de respirar. Tinha medo de que doesse mais.
– Tudo ótimo. E você?
Ela riu de novo como quem pensa “que garota estranha”.
Mas deve ter aprendido a ser simpática para manter clientes.
O processo medieval continuou.
A cada puxada eu tinha vontade de espancar Penélope.
Lembrava de minhas amigas recomendando a depilação e imaginava que era
tudo uma grande sacanagem, só pra me fazer sofrer.

Todas recomendam a todos porque se cansam de sofrer sozinhas.
– Quer que tire dos lábios?
– Não, eu quero só virilha, bigode não.
– Não, querida, os lábios dela aqui ó.
Não, não, pára tudo. Depilar os tais grandes lábios ?

Pu.tz, que idéia.
Mas topei. Quem está na maca tem que se fuder mesmo.
– Ah, arranca aí. Faz isso valer a pena, por favor.
Não bastasse minha condição, a depiladora do lado invade o cafofinho de
Penélope e dá uma conferida na Abigail.
– Olha, tá ficando linda essa depilação.
– Menina, mas tá cheio de encravado aqui. Olha de perto.
Se tivesse sobrado algum pen.telh.inho , ele teria balançado com a
respiração das duas.
Estavam bem perto dali.
Cerrei os olhos e pedi que fosse um pesadelo.
“Me leva daqui, Deus, me teletransporta”.
Só voltei à terra quando entre uns blábláblás ouvi a palavra pinça.
– Vou dar uma pinçada aqui porque ficaram um pelinhos, tá?
– Pode pinçar, tá tudo dormente mesmo, tô sentindo nada.
Estava enganada.
Senti cada picadinha daquela pinça filha da mãe arrancar cabelinhos
resistentes da pele já dolorida.
E quis matá-la. Mas mal sabia que o motivo para isso ainda estava por vir.
– Vamos ficar de lado agora?
– Hein?
– Deitar de lado pra fazer a parte cavada.Pior não podia ficar. Obedeci à Penélope.
Deitei de ladinho e fiquei esperando novas ordens.
– Segura sua bu.nda aqui?
– Hein?
– Essa banda aqui de cima, puxa ela pra afastar da outra banda.
Tive vontade de chorar.
Eu não podia ver o que Pê via.
Mas ela estava  de cara para ele, o olho que nada vê.
Quantos haviam visto, à luz do dia, aquela cena?
Nem minha ginecologista.
Quis chorar, gritar, pei.dar na cara dela, como se pudesse envenená-la.
Fiquei pensando nela acordando à noite com um pesadelo. O marido
perguntaria:
– Tudo bem, Pê?
– Sim… sonhei de novo com o c.u de uma cliente.
Mas de repente fui novamente trazida para a realidade.
Senti o aconchego falso da cera quente besuntando meu Twin Peaks.
Não sabia se ficava com  mais medo da puxada ou com vergonha da situação.
Sei que ela deve ver mil

c.us por dia.
Aliás, isso até alivia minha situação.
Por que ela lembraria justamente do meu entre tantos?
E aí me veio o pensamento: peraí, mas tem cabelo lá?
Fui impedida de desfiar o questionamento.
Pê puxou a cera.
Achei que a bun.da tivesse ido toda embora.
Num puxão só, Pê arrancou qualquer coisa que tivesse ali.
Com certeza não havia nem uma preguinha pra contar a história mais.
Mordia o travesseiro e grunhia ao mesmo tempo. Sons guturais,
xin.gam.entos, preces, tudo junto.
– Vira agora do outro lado.
Por.ra.. Por que não arrancou tudo de uma vez?
Virei e segurei novamente a bandinha.
E então, piora. A bro.aca da salinha do lado novamente abre a cortina.
– Penélope empresta um chumaço de algodão?
Apenas uma lágrima solitária escorreu de meus olhos.
Era dor demais, vergonha demais.
Aquilo não fazia sentido. Estava me depilando pra quem?
Ninguém ia ver o tobinha tão de perto daquele jeito.
Só mesmo Penélope. E agora a vizinha inconveniente.- Terminamos. Pode virar que vou passar maquininha.
– Máquina de quê?!
– Pra deixar ela com o pêlo baixinho, que nem campo de futebol.
– Dói?
– Dói nada.
– Tá, passa essa me.rda…
– Baixa a calcinha, por favor.

Foram dois segundos de choque extremo.
Baixe a calcinha, como alguém fala isso sem antes pegar no peitinho?
Mas o choque foi substituído por uma total redenção.
Ela viu tudo, da perereca ao c.u.
O que seria baixar a calcinha?
E essa parte não doeu mesmo, foi até bem agradável.

– Prontinha. Posso passar um talco?
– Pode, vai lá, deixa a bicha grisalha.
– Tá linda! Pode namorar muito agora.

Namorar…namorar… eu estava com sede de vingança.
Admito que o resultado é bonito, lisinho, sedoso.
Mas doía e incomodava demais. Queria matar minhas amigas.
Queria virar feminista, morrer peluda, protestar  contra isso.
Queria fazer passeatas, criar uma lei antidepilação cavada e matar o

primeiro homem que ver e não comentar absolutamente nada.!!!

primeiro homem que ver e não comentar absolutamente nada.!!!

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